"Lost" quer mostrar que a vida é repleta de possibilidades - hoje passou o 6x02

O segundo capítulo da 6ªTEMP - 105º da série - começa a dar o contexto do desfecho da série. Ou pelo menos parece, pois, é chegada a hora de se entrar nesse novo lugar chamado de "templo", que foi tão falado desde a 3ªTEMP e abordado na 5ªTEMP.

Mas na verdade, ele já era peça fundamental desde a 2ªTEMP, quando a aeromoça Cindy - sobrevivente da cauda do avião - sumiu no meio do mato, ao lado da equipe liderada por Ana Lucia e Eko. Eis a resposta definitiva, depois de três temporadas: ela estava nele.

Esse capítulo, assim como o anterior eram, juntos, uma única estreia de temporada, que passa junto num programa de duas horas nos EUA, mas que a Globo optou por dividir em dois. Enfim, esse aborda um pouco de cada sobrevivente, sem ter um "personagem do dia".

Na "realidade alternativa", o caixão do pai do Jack some e ele encontra Locke no balcão de reclamações. Além disso, o casal de coreanos é inspecionado e Jin fica detido - detalhe para o relógio que ele levava, fazendo link com a 1ªTEMP da série.

Kate aparece bastante no aeroporto, encontrando Sawyer e Claire pelo caminho. É legal ver como eles estavam mesmo "interligados"- seja por acaso ou destino - até nessa "segunda realidade". E essa jogada do "E se não houvesse acidente?" funciona mesmo.

Já na ilha, o que aconteceu de mais importante: Miles apareceu bem pouco, só falando com a Juliet enterrada - que disse à ele que algo funcionou. E o Sayid foi o que chamou mais atenção: foi baleado, morreu afogado e ressucitou.

Pra finalizar, um dos pontos mais importantes da série volta com força nesse capítulo - pra mim, é o que deixa "Lost" pulsante. Estou falando dos maravilhosos diálogos, bem elaborados, que fazem refletir. Gostei de um do Locke e um do "Monstro-Locke":

O Locke diz, na "realidade alternativa", pro Jack, que a companhia aérea não perdeu o pai dele, apenas o corpo. Jack quase chora e, como retribuição, se oferece para operar Locke. O careca diz que está num estágio irreversível. O médico rebate: "Nada é irreversível!"

Já o "Monstro-Locke" diz, para o Ben, o que o Locke estava pensando quando foi morto. "'Eu não entendo' ele pensou, não é a coisa mais triste que você já ouviu? Ele era a única pessoa que não queria voltar para a vida deplorável que tinha" - mais ou menos isso.

(Fica a pergunta: o que aconteceu com o Sayid?)