quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Acabei de assistir "E o vento levou...", filme de 1939 e com quatro horas de duração

Filmagem excelente, bons enquadramentos de câmera. Só prova que o talento mesmo está lá atrás, nos filmes de antigamente. Filmes no qual o diretor parece ter um imenso cuidado - quase como uma precisão cirúrgica - em cada tomada, cada cena. Hoje, vivemos numa época de cinema "pobre", ou preguiçoso. Os melhores filmes já foram feitos.

Quando foi lançado, nem minha mãe tinha nascido ainda, minha avó estava no auge dos seus 24 anos. É legal, além da história, para dar essa "viajada" no tempo - e comparar os valores e o modo que se vivia naquela época com os valores e o modo como se vive hoje.

O filme é romance. Simples e direto, é sobre o amor. A personagem principal, Scarlett, é mimada. E quando é rejeitada pelo homem de uma amiga sua, fica muito triste e chega casar com outro cara só para colocar ciúme nele. "E o vento levou..." é bem meloso, mas bastante interessante.

Agora, os minutos finais são angustiantes. A morte da filha do casal é trágica. Scarlett viu a filha morrer da mesma forma que o pai. E com isso, foi o estopim para o fim do relacionamento deles. A cena em que Rhett diz que não se importa mais com Scarlett, nem com seu destino, hoje em dia nem parece tão triste. Mas para aquela época, em que "finais felizes" eram o esperado, deve ter sido bem estranho.

Tem outros detalhes legais também. Uma negra, empregada doméstica que, na verdade, era uma escrava, chega a ser ameaçada a ser vendida se não trabalhar direito. Outra coisa que se destaca são os cortes de cabelo, bem feios. E, o mais importante, a trilha sonora que, junto com as cenas bem feitas, deram um acabamento especial ao filme.

O que mais me impressionou foi a duração, 233 minutos. Tempo que não acaba. Quase quatro horas de duração - para ser mais exato, 3h53. Não pensei que existisse um filme tão longo assim. Por fim, "E o vento levou..." foi indicado a 14 oscar, sendo vencedor de 10.

A atriz principal, Vivien Leigh, morreu em 1967, com 53 anos. E o ator Clark Gable, um dos ícones do filme, em 1960, com 59 anos.

(Clark Gable e Vivien Leigh, 72 anos atrás)

Um comentário:

Camila Martins Marques disse...

É lindo esse filme!! Na época que foi lançado devia ser uma mega produção... rs...rs...
Dai quando comparamos com os filmes de hoje, realmente é um clássico!!
Obrigada pela visita no meu blog(cantodacamila.blogspot.com) e por comentar!! Não tem como seguir no seu blog, mas vou colocar o link no meu, pq gostei bastante dos seus assuntos!!
Um abraço!!